De acordo com o IPCA-15, a conta de luz dos consumidores residenciais no Brasil acumulou alta de 8,96% em 2023, enquanto a inflação ficou em 4,72% no mesmo período. O principal fator que motivou o encarecimento das tarifas em 2023 foram os reajustes e revisões praticados pelas distribuidoras. Atualmente, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as mais afetadas pelo custo elevado da conta de luz, conforme levantamento realizado pelo Canal Solar, com base em dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Para 2024, as projeções do mercado indicam aumentos de 10,4%. Os aumentos variam conforme a distribuidora que atende a região e dependem de vários fatores, incluindo o uso dos créditos. Em Minas Gerais, por exemplo, os créditos já foram totalmente utilizados, o que significa que os moradores podem esperar um aumento de 15% nas tarifas da Cemig, independentemente do cenário.
O presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, avalia que o sistema elétrico está disfuncional, com variações acentuadas nos preços. Os números são preocupantes, pois os reservatórios das hidrelétricas atingiram o maior volume dos últimos 14 anos, desde 2009, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No subsistema do Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, o volume chegou a 64% em 30 de novembro. No subsistema Sul, está em 94%, enquanto no Nordeste, está em 53,89%, e no Norte, em 48,88%.
Fonte: Petróleo e energia e IBGE